sexta-feira, 15 de abril de 2011

Stress na infância


Pesquisa da ISMA-BR aponta a desaprovação dos adultos e rotina atribulada como os principais causadores da tensão entre os pequenos

O excesso de tensão não está restrito ao cotidiano adulto, o universo infantil também sofre com as consequências de um stress mal administrado. Foi o que constatou uma pesquisa realizada pela ISMA-BR, com 220 crianças de Porto Alegre e São Paulo, de 7 a 12 anos.
“As pressões do mundo moderno colaboram para que as crianças – cuja única responsabilidade deveria ser a de estudar e brincar – tenham uma série de obrigações que as levam a exercerem uma rotina digna de pequenos executivos”, afirma Ana Maria Rossi, presidente da ISMA-BR, representação brasileira da International Stress Management Association, associação presente em 12 países que trabalha a prevenção e o tratamento do stress.
Entre os principais estressores, as críticas e a desaprovação dos pais e adultos foram apontadas por 63%, enquanto o excesso de atividades foi citado por 56% por crianças. Ser ridicularizado por colegas e amigos foi apontado por 41% dos entrevistados, enquanto 33% ressaltaram os conflitos familiares como o motivo desencadeador do stress. Os itens não são excludentes e algumas crianças levantaram mais de uma opção.
Entre os sintomas físicos resultantes do excesso de tensão, 60% alegaram dores musculares (dor de cabeça e de barriga), 36% citaram os distúrbios do sono (pesadelo, sono agitado e insônia), 28% declararam diarreia e constipação e 19% sofrem com enjoos e náuseas.
Com relação às consequências emocionais, o nervosismo foi apontado por 75% das crianças, enquanto 68% citaram os medos, 51% a irritação e 43% alegaram impaciência.
As mudanças comportamentais incluem a agressividade ou a passividade entre 53% e a dificuldade de relacionamento para 39%. Alterações no apetite, incluindo o aumento no consumo de doces, foram percebidas entre 32%, e 23% declararam o choro sem motivo.  
Esta página foi publicada em: 13/04/2011.


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