Comecemos pensando em cima do seguinte exemplo: antes de resolver um determinado problema, o fato de analisarmos de forma consciente o seu enunciado para sabermos se devemos multiplicar ou dividir para chegar a busca da incógnita, é uma clara demonstração de atividade metacognitiva, enquanto que o procedimento empregado para buscar a incógnita (aplicação da operação de dividir ou multiplicar) constitui a atividade cognitiva.
Podemos então afirmar, como a maioria dos estudiosos deste tema, que o termo metacognição se pode aplicar, de forma geral, aos conhecimentos que as pessoas têm sobre a cognição, enquanto estão resolvendo uma determinada tarefa. O que nos interessa é analisar a relação entre os conhecimentos do sujeito e a resolução efetiva da tarefa, e/ou também analisar a relação entre a forma de regular a própria atividade e a resolução dada a ela. Em ambas as situações, os conhecimentos e as atividades metacognitivas se referem à cognição do mesmo sujeito e não a cognição em geral (teoria da mente) ou a cognição de outras pessoas.
O estudo sobre metacognição é sem dúvida um dos caminhos para que a pessoa conheça suas capacidades e limitações com o objetivo de obter melhores resultados no seu processo de aprendizagem.
http://revistaeducacao.locaweb.com.br/textos.asp?codigo=10708
A metacognição
"Há diversas maneiras de descrever a metacognição, desde Flavell, que fala de conhecer o que conhecemos. Metacognição é, basicamente, uma atitude capaz de conhecer-se, auto-regular-se (no sentido de se dar regras ou normas), dar-se um plano de ação e segui-lo, é a consciência sobre processos na resolução de tarefas".
Ensinar a pensar
"Ensinar a pensar não implica não ter que dar conteúdos. Se alguém chega à sua casa e encontra a dispensa com poucos alimentos, terá poucas opções à hora de cozinhar. Se a encontra diversificada, poderá preparar uma refeição criativa. Devemos procurar que as crianças tenham uma boa bagagem de conhecimentos e que saibam administrá-los, a partir da metacognição".
O conceito de habilidades e de competências metacognitivas
"Permita-me responder com uma metáfora. Um jovem chega pela primeira vez diante de um rio que deve atravessar. Como se conhece, senta-se e reflete sobre como chegará à outra margem. Primeira habilidade metacognitiva: conhecer-se. Propõe-se diversas maneiras de passar o rio: é a segunda habilidade, que é estabelecer regras, normas. Aí vem uma terceira habilidade, que é manter um plano de ação na hora de resolver o problema. Bem, depois, já na outra margem, o jovem pensa sobre como foram as coisas. Auto-avalia-se. Com o tempo, esse jovem automatizará a maneira de passar o rio. A imagem de passar o rio é a de aprender, a de resolver um problema".
"Há diversas maneiras de descrever a metacognição, desde Flavell, que fala de conhecer o que conhecemos. Metacognição é, basicamente, uma atitude capaz de conhecer-se, auto-regular-se (no sentido de se dar regras ou normas), dar-se um plano de ação e segui-lo, é a consciência sobre processos na resolução de tarefas".
Ensinar a pensar
"Ensinar a pensar não implica não ter que dar conteúdos. Se alguém chega à sua casa e encontra a dispensa com poucos alimentos, terá poucas opções à hora de cozinhar. Se a encontra diversificada, poderá preparar uma refeição criativa. Devemos procurar que as crianças tenham uma boa bagagem de conhecimentos e que saibam administrá-los, a partir da metacognição".
O conceito de habilidades e de competências metacognitivas
"Permita-me responder com uma metáfora. Um jovem chega pela primeira vez diante de um rio que deve atravessar. Como se conhece, senta-se e reflete sobre como chegará à outra margem. Primeira habilidade metacognitiva: conhecer-se. Propõe-se diversas maneiras de passar o rio: é a segunda habilidade, que é estabelecer regras, normas. Aí vem uma terceira habilidade, que é manter um plano de ação na hora de resolver o problema. Bem, depois, já na outra margem, o jovem pensa sobre como foram as coisas. Auto-avalia-se. Com o tempo, esse jovem automatizará a maneira de passar o rio. A imagem de passar o rio é a de aprender, a de resolver um problema".
Esse conceito é uma das últimas novidades do jargão da pedagogia e contém uma proposta simples: levar cada aluno a discutir e a pensar sobre como faz as coisas, sobre como aprende.
O conceito encontra suas origens na psicologia, especificamente em estudos sobre como os sujeitos, em situações como a resolução de problemas, são capazes de monitorar, avaliar e modificar suas estratégias de encontrar as respostas e de descrever esse processo.
Para a pedagogia e as escolas, o conceito de metacognição vem tornando-se especialmente útil a partir de análises tanto de alunos que se saem extremamente bem como de alunos com "dificuldades".
Vários pesquisadores chamaram a atenção para o fato de que muitas das dificuldades de alunos "fracos" decorrem de um bloqueio. Eles não sabem o que fazer quando têm pela frente uma situação didática, como a resolução de uma seqüência de problemas ou a escrita de palavras em um ditado. Diante de um desafio um pouco mais difícil, esses alunos dizem a si mesmos coisas como "não sei fazer nada em matemática", e esse "metarraciocínio" bloqueia toda sua atividade intelectual. Já um aluno "forte", mesmo diante de um problema novo, pode pensar coisas como "posso resolver", "posso experimentar essa técnica ou aquela outra", etc.
Percebeu-se que, se alunos com "dificuldades" trabalharem junto com professores que os orientem a pensar sobre a situação, os resultados podem ser muito positivos.
Assim, com um aluno "fraco" em matemática, a estratégia é começar com a resolução de problemas bem fáceis para o nível da criança. Isso permite iniciar uma construção da "metaidéia" de que "eu posso fazer matemática". A partir daí, o professor pode iniciar discussões sobre como o problema foi resolvido. A seguir, deve-se apresentar desafios progressivamente mais difíceis. O professor ajuda a resolvê-los, fazendo perguntas que podem servir como orientação (por exemplo: "O que precisamos encontrar?" "Será que a gente já não viu algo parecido em outro problema?", etc.) Com o tempo, a própria criança começará a se fazer perguntas desse tipo, sem a ajuda do professor. Essa mesma idéia é válida para todas as áreas e todos os tipos de aluno, não apenas para aqueles que têm mais dificuldade.
O conceito de metacognição chama a atenção para vários pontos importantes, entre eles que a dificuldade escolar pode estar mais relacionada a um problema de auto-estima e de motivação do que à competência intelectual.
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